ESG – Definição, Origem e Cenário Atual.
|A sigla ESG abrevia as palavras em inglês – Environmental, Social and corporate Governance (Ambiental, Social e de Governança Corporativa). Com um breve histórico, metas a serem atingidas pelas empresas e apresentar o cenário atual. Vamos entender por que esse termo tem chamado a atenção das futuras gerações.
Como surgiu o termo ESG?
As questões ESG foram mencionadas pela primeira vez no relatório Princípios para Investimento Responsável (PRI) das Nações Unidas de 2005, que consiste no Relatório intitulado Who Cares Win, publicado no IFC – International Finance Corporation. Esse relatório forneceu o suporte acadêmico para o argumento de que a integração de critérios ESG. Na prática traria proteção ambiental, bem-estar social e não reduziria o desempenho financeiro. Os critérios ESG foram, pela primeira vez incorporados nas avaliações financeiras das empresas. Esse esforço focou no desenvolvimento de investimentos sustentáveis. Na época, 63 empresas de investimento compostas por proprietários de ativos, gestores de ativos e provedores de serviços. Os gestores assinaram contratos com US $ 6,5 trilhões em ativos sob gestão incorporando questões ESG.
Atualmente, a iniciativa tem mais de 3 mil signatários, com ativos sob gestão que ultrapassam os 100 trilhões de dólares. Grandes empresas de investimento e bancos interessam por questões ESG. Uma série de empresas de investimento que lidam especificamente com investimentos responsáveis e carteiras baseadas em ESG começaram a surgir em todo o mundo financeiro.
O que uma empresa deve ter para ser considerada ESG?
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Na área ambiental (E) empresas conscientes devem fazer um bom uso dos recursos naturais, preservar a biodiversidade, evitar desperdícios, tratar os resíduos e em consequência reduzir sua emissão de poluentes.
Na área social (S) podemos destacar uma busca continua por melhores condições e relações de trabalho, estimular políticas de inclusão e diversidade na empresa, disponibilizar treinamento adequado para os funcionários, respeitar os direitos humanos, garantir privacidade e segurança aos dados de funcionários e clientes, promover impacto positivo na comunidade que atua.
E na área de governança corporativa (G) a empresa deve preservar a independência da administração e adotar critérios de diversidade na escolha dos membros do conselho, garantir remuneração justa e racional, seguir condutas éticas e anticorrupção nos negócios, praticar transparência fiscal, impedir casos de assédio, discriminação e preconceito.
Situação atual do ESG
Em 22 de maio de 2020, o comitê de investimento da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos – SEC decidiu criar uma estrutura de divulgação ESG para informações consistentes e comparáveis sem o uso de uma agência de classificação de terceiros.
“A SEC está preparada para definir a estrutura na qual os emissores divulguem informações e os investidores podem confiar para tomar decisões de investimento e voto”.
A presidente do comitê de investimentos SEC, Anne Sheehan
A incoerência que cerca as classificações ESG foi o principal motivador para a decisão dos comitês. Apesar do grande aumento em fundos sustentáveis negociados em bolsa. ETFs de US $ 5,5 bilhões em 2018 passou para US $ 20,6 bilhões em 2019. A importância das classificações ESG variará respectivamente sem uma estrutura padrão.
“Uma empresa pode estar entre as 5% melhores de uma agência de classificação e pertença aos 20% piores para a outra.”
O MIT em seu Aggregate Confusion Project.
Essa inconsistência entre as classificações influenciou a SEC a avançar na criação de uma estrutura padrão. O ruído e a incerteza no mercado de sustentabilidade estão prejudicando o progresso da resolução de questões ESG. A SEC acredita que isso beneficiará as empresas que buscam adquirir capital e os investidores efetivamente alocando capital e exercendo votos. Os esforços da SEC estão em um estágio inicial.
A geração Z pode mudar o mercado.
A geração Z – grupo nascido entre 1996 e 2016 – está a caminho de ultrapassar os millennials em renda até 2031, segundo o relatório do banco.
“A revolução da geração Z está começando. A primeira geração nascida em um mundo online agora entra na força de trabalho e obriga outras gerações a se adaptarem a ela, e não vice-versa”.
Estrategistas do BOFA – Bank of America liderados por Haim Israel.
A maneira de fazer isso, de modo geral, eles colocam seu dinheiro em fundos que sejam éticos. Esses fundos podem incluir boas empresas e evitar aquelas que se engajam em atividades que podem ser prejudiciais as pessoas e ao planeta.
Observar os negócios quanto ao seu impacto ambiental, fontes de energia eficientes startups e/ou empresas de tecnologia são tendências de investimento da geração Z. Outro ponto, é estar atento ao movimento significativo de dinheiro fluindo para esses fundos. Os problemas ambientais, socioeconômicos e de governança corporativa ligaram um alerta para a necessidade de mudanças e que não comprometam os resultados financeiros das empresas. Sinônimo de boas práticas o ESG tornou-se um símbolo para boas empresas e de investimentos responsáveis.